Angola é o mais recente país participante da rede GBIF, o que representa um importante avanço para o conhecimento global sobre a biodiversidade. Angola é um dos países com maior diversidade de biótopos em África, com 15 ecorregiões, sendo um dos países mais biodiversos do mundo. A partilha de dados através do GBIF permitirá o desenvolvimento e o aumento do papel das coleções de museus e herbários locais, que devem refletir a riqueza e complexidade biológica da região, para apoiar o avanço do conhecimento neste país africano. A interface que Angola representa entre climas húmidos tropicais, regiões semidesérticas e desérticas cria condições para diversos habitats com muitas espécies raras e endêmicas, que encontram-se sob diversas ameaças e pressões, e que poderão ser melhor compreendidas com o auxílio de mais dados, que possam ser acedidos abertamente e gratuitamente, de qualquer lugar do mundo.
A colaboração entre as instituições angolanas e o Nó Português do GBIF começou em 2013 e 2014, através da realização de cursos de Formação em Specify 6 e Georreferenciação de Colecções Biológicas no Lubango e em Luanda, com a presença de mais de 30 participantes de sete instituições angolanas. Já em Setembro de 2015, em Luanda, realizou-se o Workshop sobre a Partilha de Dados Científicos sobre Biodiversidade, em colaboração com o então Ministério de Ciência e Tecnologia de Angola, associado ao projecto para Promoção do GBIF nos Países Africanos de Língua Portuguesa através de documentação e seminários. Em Novembro de 2018, realizou-se o 2º Workshop sobre a Partilha de Dados Científicos sobre Biodiversidade, numa organização do Ministério e do SASSCAL, no âmbito do projecto BID Angola, também com a colaboração do Nó Português.
O GBIF Portugal celebra este importante acontecimento e dá as boas vindas a Angola, que se junta a Portugal e ao Brasil, tornando-se o terceiro país de língua portuguesa a aderir à rede global do GBIF. Sejam bem vindos!